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Vice do Flamengo elogia tenta minimizar efeitos da ação da PF

Rio de Janeiro, RJ, 05 (AFI) – O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, afirmou nesta terça-feira, que “a história do Bruno Henrique dentro do futebol é ilibada, de um profissional que é o primeiro a chegar e sempre o último a sair” e que tanto o clube rubro-negro como o jogador são os principais interessados no esclarecimento da suspeita que pesa contra ele. O atleta foi alvo de ordens de busca e apreensão, nesta terça-feira, por suspeita de envolvimento em manipulação de apostas esportivas. Ele ainda não se manifestou sobre o caso.

“Não tive a oportunidade de conversar com ele (Bruno Henrique) sobre esse fato específico”, afirmou Braz antes do embarque da delegação do Flamengo para Belo Horizonte, onde amanhã o clube enfrenta o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, e no domingo decide o título da Copa do Brasil contra o Atlético-MG.

“(Quero) Deixar claro que a história do Bruno Henrique dentro do futebol é ilibada, é um atleta profissional que sempre teve os valores da família, da união do grupo, de um profissional que é o primeiro a chegar e sempre o último a sair. A pessoa que mais tem interesse de que seja explicado esse tema é ele. Na hora certa ele irá, junto com seus advogados, tratar desse tema”, afirmou o dirigente.

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Sobre o impacto da investigação sobre os jogadores e o desempenho do time nos próximos jogos, Braz afirmou que são atletas experientes e não devem se abater. “Não vou falar que é uma situação normal, o que posso falar é que estamos tentando minimizar não o fato, mas as ações de uma busca e apreensão com os atletas, dentro do CT do Flamengo, para que nós possamos ter a tranquilidade não só para o jogo de amanhã (quarta-feira), que é muito importante, mas principalmente para o jogo de domingo”, afirmou.

“A gente está tentando minimizar nesse sentido, e os jogadores são experientes, entendem essas ações e tenho certeza absoluta que isso será esclarecido. (Isso é) de maior interesse para o Flamengo, para Bruno Henrique, e que esses fatos não tenham atrapalhado a decisão de domingo”.

Sobre o lance em que o jogador rubro-negro tomou cartão amarelo, Braz defendeu Bruno Henrique: “Ele sequer toca no jogador, não comete falta para cartão, mas toma o cartão, reclama e é expulso. A gente não tem conhecimento, nunca foi solicitado nem a ele nem a nenhum atleta para tomar cartão amarelo, isso não existe aqui no Flamengo”, declarou.

O QUE SE SABE SOBRE O CASO DE BRUNO HENRIQUE

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, a Operação Spot-fixing, para investigar o envolvimento de Bruno Henrique e de pelo menos mais quatro pessoas na manipulação de apostas em jogo de futebol.

A suspeita é de que o atleta tenha provocado o recebimento de um cartão amarelo para beneficiar parentes e amigos que teriam feito apostas de que ele receberia a punição, durante um jogo do Flamengo contra o Santos, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2023. O cartão foi recebido nos acréscimos do segundo tempo da partida, após lance em que Bruno Henrique marcava o santista Soteldo.

Policiais federais cumpriram 12 ordens de busca e apreensão – na casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), no Centro de Treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, em Vargem Pequena (também na zona oeste do Rio), e em imóveis de Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Os outros investigados são um irmão de Bruno Henrique, a cunhada dele e dois amigos.

Bruno Henrique não se manifestou sobre a operação da PF. Após a ação policial, ele foi ao Centro de Treinamento, treinou normalmente e viajou com a delegação para Belo Horizonte, onde o Flamengo joga na quarta-feira contra o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro.

A suspeita de manipulação partiu de casas de apostas. Três delas reportaram à Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês), entidade que monitora casos suspeitos de apostas pelo mundo e produz relatórios a respeito, que teria havido um volume incomum de apostas em cartão amarelo para Bruno Henrique durante a partida com o Santos. A entidade não comenta casos em andamento.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva já analisou e arquivou o caso. Durante o trâmite, Bruno Henrique apresentou defesa afirmando que “chamaria atenção a frieza da qual teria que dispor para aguardar os acréscimos do segundo tempo para perpetrar a ilegalidade pretendida, inclusive correndo o risco de que a partida fosse encerrada antes de ter consumado o ato”.

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